A segunda das Sete peças para guitarra Op. 30 de Fernando Corrêa de Oliveira (Porto, 1921-2004), está ilustrada com uma estrofe do próprio autor sobre os devaneios da vida estudantil em Coimbra. O motivo da composição desta obra são as lembranças que o compositor entesoura sobre o seu pai, possível guitarrista de fado nessa cidade portuguesa. Mecanografado do autor:

Oh ruas coimbrãs, por noite escura,
Caladas, solitárias, paradas,
Por vós vagueiam, sonham, em procura,
As almas, do amor desamparadas. (FCO, 1976)

  

 

 A terceira das Sete peças Op. 30 fala do tempo da ventura e da mocidade na Lusa Atenas (Coimbra). A música adentra-se nas lembranças e lamentos do compositor cada vez mais identificado com o pai, falecido em 1973 e motivo inicial da obra.